ULE em Pauta: Resistência e Protagonismo Feminino

Por Nelise F. Valenga, assistente social da ULE

Inspirar e transformar vidas através do esporte e da inclusão social. Impulsionado por esta missão, o Serviço Social da Universidade Livre do Esporte do Paraná (ULE), vem ao longo de sua atuação -, na perspectiva de garantir direitos sociais, autonomia e protagonismo -, caminhando continuamente lado a lado de várias crianças, adolescentes, jovens e adultos, beneficiários dos projetos sociais oferecidos, sobretudo  às famílias sem acesso a oportunidades sociais, econômicas e culturais e, às mulheres, mães, algumas em vulnerabilidade social, frágeis, porém, depositárias de um importante processo de empoderamento feminino ainda em construção e consolidação do seu real significado.

Especialmente para as mulheres, mães das crianças e adolescentes participantes dos projetos da “Casa ULE”, a atuação do Serviço Social, vai além do atendimento individualizado, do planejamento social e encaminhamentos para a rede de proteção. O maior empenho é o de promover, mobilizar e levar recursos lúdicos e elementos culturais para que as mulheres compreendam e participem garantindo a aprendizagem, contribuindo para o enfrentamento das vulnerabilidades, deixando claro os espaços, direitos e deveres como mulher.

A Assistente Social, contando também com o trabalho conjunto da equipe multidisciplinar, observa durante a realização de rodas de conversas com o grupo de mulheres, análises e estudos de casos, que elas se reconhecem no fenômeno do empoderamento feminino quando se percebem na busca por cursos, oficinas, oportunidades para se inserirem no mercado de trabalho, conquistando espaços de trabalho através de um negócio próprio, consolidando o desejo de reconhecimento também da sociedade, através da busca pela independência financeira, dos acúmulos de conhecimentos sobre seus direitos, do alcance de sua emancipação e autonomia.

Por isso, a ULE atua também em razão do alcance do protagonismo feminino através do empoderamento dessas mulheres, para que as mesmas possam transformar o seu contexto atual, superando as situações de vulnerabilidades existentes através da viabilização de direitos e execução de Políticas Públicas, que mesmo com muitas falhas, tem proporcionado novos significados às mulheres, atuando em sua defesa. É imprescindível acolher estas mulheres, trazendo ações de empoderamento, de valorização e fortalecimento da autoimagem e da autoestima, além da conscientização de vários aspectos do universo da mulher como um todo. Não se trata somente de autocuidado, mas também de identidade e de desenvolver a sua própria essência.

“Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar.” Bertolt Brecht.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *