Mulheres, nutrição e exercício

Por Lili Purim Niehues, nutricionista da ULE

Durante toda a vida as mulheres têm o privilégio de conviver muito de perto com o alimento seja na escolha, preparo, na manipulação e na celebração que é o ato de comer.

A mulher tem papel primordial na escolha dos alimentos para si mesma ou para os que ela ama ou cuida.

A suficiência é uma das dúvidas mais impactantes, ou melhor, quanto deve-se comer para suprir as necessidades. E dentre as necessidades mais importantes está a atividade física: seja ela nas atividades diárias, nas academias, ou no esporte praticado.

Mulheres ativas fisicamente são beneficiadas pelo conhecimento da nutrição, seja por facilitar e dar confiança na decisão, como também por não ser influenciada pelos que querem ganhar fama promovendo o terrorismo nutricional.

Nas últimas décadas difundiu-se ser inteligente ou muito vantajoso para a mulher não investir na atividade física, especialmente, nas atividades domésticas. Isto trouxe a falsa ideia que bastaria uma caminhada para garantir saúde e longevidade. Mas se observarmos que precisamos estar ativos fisicamente horas do dia, todo o movimento conta, e muito para obter-se os benefícios do exercício.

Ser fisicamente ativo é um dos mais importantes passos que você pode seguir para obter e permanecer saudável. Mulheres de todas as idades, formas e habilidades se beneficiam ao obter ativo. Atividade física regular (exercício) pode ajudar reduzir o risco de muitas doenças que afetam as mulheres, incluindo doenças cardíacas e derrames. O exercício também pode ajudar a aliviar os sintomas de algumas condições, como depressão, diabetes tipo 2 e pressão
alta. As mulheres precisam fazer diferentes tipos de atividades físicas para alcançar ou manter um peso saudável e ganhar força e resistência.

Diferenças genéticas e individuais, o ambiente de exercício e o estresse da vida também podem afetar a tolerância das mulheres a nutrientes específicos. Para evitar deficiências nutricionais, o nutricionista deve integrar dados antropométricos, bioquímicos e dietéticos aos dados das atletas para determinar se fatores adicionais — como a disbiose intestinal, alergias ou intolerâncias alimentares, preferências ou aversões alimentares, ou processos de doença podem afetar a absorção geral, assimilação, digestão, biotransformação e transporte geral de macronutrientes, micronutrientes ou líquidos específicos e, por fim, afetar o potencial de desempenho.

Mulheres ativas devem buscar disponibilidade de energia (EA) de 45 kcal/kg massa magra por dia para uma saúde ideal e desempenho. As deficiências de micronutrientes são comuns em pessoas do sexo feminino, particularmente em ferro, vitamina D e cálcio; estratégias nutricionais devem ser usadas para prevenir essas deficiências, incluindo o aumento do consumo de diversos alimentos e suplementação quando necessária. As necessidades de micro e macronutrientes, bem como necessidades de hidratação, podem mudar durante várias fases do ciclo menstrual como resultado da flutuação hormonal.

Uma compreensão abrangente da relação entre a nutrição ideal e a ciência do exercício também possibilita que possamos apreciar a importância de assegurar uma nutrição adequada às mulheres ativas. Associar a atividade física ou esportiva à nutrição traz como resultado o equilíbrio e a segurança no cuidado com seu corpo.

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